A eterna repetição, mas sempre renovada pelos votos, conhecidos por todos nós, em cada cartão recebido de Boas Festas com felicitação repleta de realizações, saúde e paz, carregada de sentimento fraterno, inevitavelmente, não deixa passar em branco, nosso desejo humanitário para com o próximo, para que o ano que se inicia seja melhor do que aquele o que acabou. Ou seja, eu vejo essa atitude como uma metamorfose da borboleta, que na fase da pupa (o casulo/pré-nascimento), a lagarta rompe pra nascer pra nova vida.
O sentido “borboleta” está envolvido nas suas possibilidades de interagir com o que você encontra ao seu redor. Ninguém deve está sozinho como uma ilha e sim, como um afluente que desagua em algum lugar de bom, fortalecendo suas relações e para o bem da coletividade, fazer brotar coisas boas que vão facilitar a convivência pacifica sem precisar levantar fronteiras e nem catalogar inimigos pelo mundo a fora. Nossos braços foram feitos pra abraçar seu semelhante, nossa boca para proferir palavras de amizade e as pernas para caminhar com tranquilidade, nada de correr por medo ou pavor que algo lhe aconteça.
Assim como vejo também a descamação da cobra, significando seu próprio conhecer nessa mudança do calendário. Apesar de o primeiro momento pensar em ser uma coisa ruim vindo de um animal tão perigoso. É de fato o seu conhecer íntimo que vai propiciar que o sentido “borboleta” prevaleça neste novo ano.
A principal mudança começa pela gente, ao olhar pro nosso interior e reconhecer que existem coisas a sair da nossa conduta e postura como pessoa. O mundo está impregnado de arrogantes, preconceituosos, valentões e todos aqueles adjetivos que não cabem conviver junto com o espírito nobre de quem ainda enxerga, a luz no fim do túnel como grande possibilidade de uma vida pautada em tranquilidade e harmonia, que certamente por essas vias encontraremos a paz e a felicidade tão desejada entre os povos.
O jardim é belo, está cheio de flores e frutos a espera que as borboletas dêem alegria e um sentido de prosperidade naquilo que se espera de cada brasileiro desse imenso país.
Por outro lado, como cobras – no bom sentido, é claro – temos o dever de descamar todo nosso descontentamento daquilo que nos fez sofrer e incomoda aos outros, fazendo surgir à nova pele, ou melhor, uma nova consciência que nos ajude enquanto coletivo. Se cada um mudar na sua maneira de ver as coisas ainda nos resta à chance de mudar o curso da história em 2012.
Faço a pergunta: Este ano você será uma borboleta ou uma cobra?
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Há 10 anos