Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

APROVEITEM

Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

sábado, 27 de setembro de 2008

LEON, o poeta...

Já faço minhas poesias a bastante tempo e algumas delas merecem destaque, como:

TEMPORAL EM CASA
Leon Danon – 28/02/2004

O barulho invade a casa
Bate com força os pingos na vidraça
É o temporal e seus raios
É o relâmpago a clarear o escuro
Tem casas caindo pela cidade
Tem vidas saindo por debaixo da água.

A água leva de um tudo:
Panelas, mesa e fogão!
Sonhos, alegria e ilusão!
Misturados ao barro do chão
São famílias que levam na mão
Crianças perdidas dos brinquedos.

Meu coração procura calor
Que passa no anuncio da televisão
Na imagem turva da TV
A chuva parece prevê o destino
Destinos de todos os meninos de rua
Passar a noite em alerta.

As horas passam e os trovões gritam
A sentença dos desprovidos
O exército dos sem-abrigo
Dos sem motivos e nada de seu
Alguém ficou desaparecido
Alguém lutou e foi vencido.


CRIADOR DE CAUSOS
Lèon Danon - Não lembro exatamente a data.

O bicho homem só pensa em pasto
Conta ambicioso suas terras
Multiplica, soma e diminui.
Diminui sua ganância
Seu sujar de mãos...

É tiro
É morte
É sangue
Numa proporção geométrica.

A grilagem provoca o conflito.

É o chão medido a força
É o homem contra o homem
É a luta sem medo
É à bala!

O boi parece racional
Nos campos verdes do sossego...

É a paz
É a vida
É o entendimentoNuma proporção aritmética.


*MARIA E JOÃO
Leon Danon, 7/5/2003.

A noite que chega sem brilho
A lua que aparece sem estrelas
A rua que se tornou escura
O perigo é aparente.

As casas que se fecharam inseguras
O bairro onde tem uma favela
A cidade sitiada
Armas de fogo e marginais.

A polícia de muitos contatos
Grades e algemas em muitas poucas mãos
A população que votou e até hoje espera
Presidente operário.

O rap didático da violência
A voz saída das rádios comunitárias
A televisão do absurdo
A guerra do outro lado do planeta.

Cadê o amor?
Cadê os amantes?
Cadê os namoros de portão?
Cadê a Maria e o João?

Os rostos perderam os sorrisos
Os dentes ainda têm a função
As mãos agora estão contraídas
A violência virou produto de primeira qualidade.

Foi achada uma lágrima no chão
Foi achado o terço nas mãos
Foi achada Maria
Foi achado João
Mortos.


*BRUNO, DOUGLAS, FELIPE E LEONARDO
Leon Danon, 2005.

A bala voltou a matar
Alias, mata sempre!
Homens perdidos ou inocentes
Mulheres-mães
E crianças também.

Que deixou na saudade a bola
Que deixaram na idade seus sonhos
Que deixou na sociedade o pânico
Que deixou na cidade a família
Que deixou a felicidade, mortos.

Bruno que chamou Douglas
Douglas que chamou Leonardo
Leonardo que chamou Felipe.
A inocência que chamou a brincadeira
A brincadeira que chamou a alegria
A amizade que chamou os amigos.

A notícia que chamou a polícia
A polícia que chamou os pais
Os pais que chamou aquilo de violência
A violência que chamou os meninos de vítimas
As vítimas que chamaram a morte no local.

Cadê a brincadeira que estava ali?
Cadê a alegria que estava ali?
Cadê a amizade que estava ali?
Cadê a tranqüilidade gente?!!

O “Fantástico” noticiou
Nas ainda não é
O bastante.

*Essas poesias foram feitas com base em acontecimentos ocorridos

na mídia (televisão) e que me sensibilizou bastante.



LOBISOMEM
Lèon Danon – 10/03/2004

Hoje é dia de lua cheia
A lua do luar do sertão.

Meus olhos estão atentos
Meu faro farejou o amor
Que invadiu a floresta num corpo
De uma bela.

Suas mãos macias como nuvens
Ligeira a caminhar
Teu olhar cigano detrás das folhas
Tua boca vermelha numa cor de flor.

O encontro do instinto com a fragilidade
Do abraço e do desmaio
A bela e a fera de frente
Pálido rosto quase sem vida
Dentes amarelos em meio a saliva.

A cumplicidade dos perdidos
A amizade que deu origem ao amor
Seguiu a bela de volta a sua casa
Partiu o homem agora refeito.

Assim em todo final de tarde
Faça sol ou faça chuva
Existe o amor e a loucura
Que aflora em seus corações.

Ela branca como vela
Ele voraz sem nada de beleza
Assim é o casal de codinome estranheza.



SEM PAI NO DIAS DOS PAIS
Leon Danon 12/08/2000

Como não ter um pai
Neste segundo domingo de agosto
E não puder te abraçar
Dar presente ou almoçar
Chamando-te pai.

Seu lugar vazio na mesa
Seu copo e seu prato
Esperam como retrato
Inerte ao tempo
O tempo que a saudade marca.

Veio à lembrança com a tristeza
Veio o choro calado na solidão
A solidão dos rastros das lágrimas
A falta que machuca.

Às vezes te vejo em sonho
O mesmo olhar, gestos e palavras.
É quando está junto a mim
No instante feliz do encontro
O encontro das saudades.

Já faz anos e eu sem você
Bilhetes, coisas e fotos suas.
São tesouros, quadros da memória.
Também são estórias de nós dois.

OBS.: Esta poesia é especial pois fiz na Saudade de meu pai,
seu Isaac, um pai de muitos adjetivos... agradeço a Deus
por ter ele como pai.



Agora, uma homenagem ao
poeta Vinicius de Moraes

A CASA DO *POETINHA
Lèon Danon 13/03/2002

Era uma casa pequenina
Mas de boa imaginação
Não tem porta e nem se fecha portão
Dorme-se no jardim a contar estrelas
Rua do poetinha, número idade do Tom.

E dentro dela não tem cadeira
Senta-se na velha esteira
Tem um berço perto da lareira
Para aquecer querido filho.

Entre as flores do seu quintal
Roupas lavadas no quarador
Achei um lenço e seu cobertor
Bordado em cores vivas...

Não é vermelha a cor do amor?

Nossa comida é puro vento
E a cada sorriso uma sobremesa
Aquele quarto nosso momento
De nos amamos a cada instante...

Qual é a hora da felicidade?

O sol não precisa entrar
Nem a lua pedir para sair
Toda janela nosso grande olhar
Por isso gosto de morar aqui...

* Vinícius de Moraes



ENCONTRO DOS LÁBIOS
Lèon Danon – 07/01/02

Queria pagá-la pelos braços
Transformar num abraço minha vontade
A grande vontade em desejo
O desejo de tê-la neste momento
Momento que o amor falou mais alto
Num grito maior do mundo.

Sua boca saliva por um beijo
Aquele beijo esperado há anos
O encontro dos lábios emociona
Uma mulher e um homem.

Dentro da madrugada dos amantes
O cupido flechou dois corações...

Na cama o lençol nos aquece
Protege do frio das horas
Ainda por vim na saudade...

A janela mostra um amanhecer dourado
De ouro é nosso sentimento abstrato
Aquele que faz um casal ser cúmplice
E apaixonados pelo mais que perfeito amor.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

EDITOR RESPONSÁVEL DO JORNAL "A VOZ DE TODOS"

A convite da Igreja de Santo Expedito fui indicado a estar a frento do jornal "A VOZ DE TODOS"


e minha primeira participação foi na Edição 09 Janeiro de 2008.



É um trabalho muito prazeroso, já que estou fazendo o que gosto. Nele escrevo e sinto que a comunidade (paroquianos) lêem o que saí no jornal.

Realmente o convite se deu em decorrencia de textos que mandava como colaborador (Edição 04 - Agosto de 2007).

Um dos primeiros escritos foi: A FÉ QUE SE MULTIPLICA

Os primeiros indícios da fé estão relacionados num período remoto da história, ainda na Era Glacial, onde estávamos preocupados somente com a curiosidade, a imaginação e o encanto. E é justamente pelo encanto que a fé surge para as pessoas como uma forma de se relacionar com Deus. Este fenômeno social, que retrata a dominação interna e suas conquistas externas, ou seja, a “fé que move montanhas” é decorrente de impulso interno do ser humano, conforme explica a ciência, assim como as conquistas externas, suas graças alcançadas.
O grande multiplicador da fé, com certeza foi Jesus Cristo, pois podemos dizer que o catolicismo foi semeado através de sua conduta, suas palavras e seus exemplos.
Naquela época, esta religião que até então era desconhecida, mas que no futuro seria chamada de Católica tinha na figura do Filho de Deus um catalisador da fé, pois ela estava condicionada à conquista do paraíso, por uma mudança de vida sempre norteada pelo amor, onde somente pela fé e, por este mais novo ensinamento, o amor por Deus e pelo seu próximo, seria possível acreditar no imaginário e mais que isso: acreditar que o amor poderia mudar vidas, deixando pessoas livres do seu passado, tendo um novo renascer.
Atualmente, a fé ganhou outras dimensões e não está restrita unicamente a entrada do reino de Deus, hoje ela está servindo para outras atribuições, tais como: a fé para comprar uma casa, para passar no vestibular, para conseguir um emprego, sem esquecer a fé da mega-sena, ou seja, o sentido religioso de acreditar em conseguir qualquer coisa pela nossa fé em Deus e conseqüentemente com isso, obter o nosso bem estar e a nossa felicidade, transformou-se em “troca de mercadoria” ao ser absorvido com o passar dos tempos, graças ao surgimento de outras religiões e seus “bispos de dinheiro fácil”, principalmente no Brasil, divergiu da filosofia cristã. Essas religiões são tão rentáveis com a fé dos outros, que não se resume somente em conquistar algo, mas também “ganhar” os céus do senhor, desde que pague uma pequena taxa, seu passaporte para o paraíso.
Faz-se necessário uma retomada aos conceitos deixados por Cristo, no qual a fé centrada nos seus ensinamentos tem um poder multiplicador essencial à nossa vida, na qual estamos cercados de benefícios, de viver melhor, de partilhar e ajudar nossos semelhantes, mostrando a importância do amor de Deus que nos une. Esta sim é a verdadeira multiplicação da fé no catolicismo, a crença fundamentada no amor incondicional que devemos ter por Deus em retribuição ao amor que Ele tem por nós. Vale a pena passá-la adiante. Seja você também um multiplicador da nossa fé.