Nesse contratempo da natureza em Santa Catarina com as chuvas, podemos vê a filosofia de cada emissora - Rede Record e a Rede Globo - junto ao seu meio de comunicação de massa(a televisão) e sua prestação de serviço a sociedade.
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Eu como telespector pude notar a grande diferença de atitude em matéria de solidariedade. A Record, que briga pela audiência com a Globo, agiu com o "espírito solidário", quando procurou ajudar a grande população desabrigada com os deslizamentos de terra, alagamentos e o imenso sofrimento de perder tudo, como casa, movéis e pessoas - principalmente crianças soterradas na lama, mortas pelas fortes chuvas que tanto castigaram o sul do país.
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A Rede Record num gesto de "gratidão", pois quem está vivendo no sofoco é mesma gente que assiste sua emissora, arregaçou as mangas para socorrer esta legião de necessitados e levou a público, na sua programação, o seu envolvimento pela causa. Colocou no ar o número da conta para deposito de doação em dinheiro, aliada aos grande empresários brasileiros numa parceira pela reconstrução de vidas e de cidades atingidas pelo dilúvio.
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É de se esperar que por trás dessa imensa "compaixão" existam interesses subtendidos (no mundo capitalista é assim), além de ser uma emissora preocupada com a sociedade brasileira atingida por uma catástrofe de gigantesca proporção. Este marketing societal pode e deve lhe oferecer num futuro bem próximo, alguma vantagem em matéria de público da Rede Record. Porém, interesses à parte, o importante é que ela vem ajudando bastante e nós brasileiros, mesmo assim, devemos ser grato a Record por ser a emissora de televisão "preocupada" com a sociedade brasileira.
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A Rede Globo com o monopólio que tem, não pensa e nunca pensou em solidariedade. Vive pelo comércio e pelo comércio vêm os grandes lucros. Por incrível que pareça, ela ganha pela miséria dos outros e nesse caso, a tragédia em Santa Catarina foi um prato cheio. A semana toda o que assistimos na sua "telinha" foi somente a necessidade extrema de quem foi envolvido pela situação inesperada: o Estado de Santa Catarina com suas cidades e sua população na completa penúria . Notícias assim é que interessa e faz dinheiro.
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O Criança-Esperança é um projeto que se diz solidário, mas na verdade em matéria de dedução em imposto de renda é uma beleza, quem não quer ser beneficiado por isso? Aí a Globo faz virar notícia e encabeça a campanha - apoio da Fundação Roberto Marinho.
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O que não vi na Globo foi uma participação mais efetiva em ajudar as pessoas como fez a Record, apenas viveu da notícia do estrago, e continua passando até hoje, em sua programa a chuva de Santa Catarina. As informações são tiradas de todas as formas: pessoas que foram vítimas, pessoas que ajudaram e aquelas que sobreviveram. haja notícia repetitiva! Um exemplo disso, é que nos seus programas, do "Fantastico" no domingo até o "Profissão repórter" - que realmente tem este enfoque - na terça, Santa Catarina não saiu da pauta. Sem contar ainda com o "Mais você" de Ana Maria Braga e seu louro Zé, cheios de boas intenções. Reportagem sobre o mesmo assunto com perguntas óbvias - quem não sofre e é vítma numa situação dessa? Ora, sofrimento é um só e suas consequências também.
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a Globo foi solidária a seus interesses em prolongar ao máximo a notícia da miséria e o Jornal Nacional fez questão que ninguém ficasse sem saber dos detalhes. Ou seja, 90% do jornal sobre esse acontecimento.
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O que é triste perceber é que uma rede de televisão como esta, com milhões de telespectadores e audiência, não está voltada ao comprometimento com a sociedade brasileira como empresa. A Globo jamais foi ao público e disse: nós da Rede Globo tomamos a iniciativa de fazer o S.O.S Santa Catarina em prol das vítimas das chuvas - semelhante a Record. Será que sua visão retilínea a impede de tomar tal atitude?
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Não só de notícias vive uma rede de televisão, ela também terá de passar para o seu público que poderá ajuda-lo em coisas com essas, e nesse ponto, a nº 1 do Brasil deixou a desejar, não sendo e nem fazendo parte das pessoas que não deixam esse título cair. A Globo deveria ser mais participativa, mesmo não sendo a dona da idéia.
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Numa situação de derrota, quando mais gente participar e dar as mãos, mas a solidariedade se fortalece e logo passará as dificuldades. Se todas as emissoras tivessem o mesmo pensamento da Record a situação seria outra, as reconstruções não seriam tão penosas.
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Acho que Record foi mais humana e menos empresa e aos olhos do grande público fez sua parte, na medida do possível, é claro. Nesta questão ela mostrou a Globo e as outras emissoras como tratar as pessoas e seu público, que querem muito além de um monte de notícias, querem simplesmente e nada mais do que isso, uma mão estendida que possa tirar todos do sufoco, coisa que nunhuma reportagem faz (a Globo fez o público ficar saturado com tanta transmissão de Santa Catarina na sua programação - o efeito foi o avesso da proposta da emissora) transformar a informação em calor humano, em solidariedade das doações.
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A Record surpreendeu a todos e merece ser vista com outros olhos. Sua participação solidária junto com seus funcionários, que vestiram a camisa da empresa na ajuda a Santa Catarina, comprova que o Brasil ainda tem jeito ou talvez solução nessa relação com seu próximo.
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Valeu Record, a nº 1 da solidariedade brasileira.
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