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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

A PÁSCOA




Na época de menino, meu contato com a Páscoa estava relacionado aos coelhos, tanto que não me saí da memória a máscara que fiz de coelhinho para ser usada durante esse período. Lembro-me mascarado todo feliz pensando ganhar muitos ovos de chocolate. Era um menino que adorava descobrir o que tinha lá dentro, depois de desembrulhar aquele monumento comestível sujando as mãos e com aquele sabor de “quero mais”. Assim passei minha infância comprovando com absoluta certeza: Criança é vidrada em receber essas coisas de presente.

Os anos passaram, cresci e não via mais graça em ganhar ovos da páscoa de tudo que é lado, além do mais, faz a gente engordar e ficar com o rosto cheio de espinhas, assim não há paquera que resista, pois às mulheres não gostam disso e nosso aspecto é horrível, uma espécie de porco espinho em pessoa. Passei a ver a Páscoa com outros olhos e daí descobrir que não só de coelho e de ovos de chocolate que ela é feita. Seu sentido é muito mais significativo e amplo, nos remetendo as passagens bíblicas como o Êxodo (saída dos hebreus do Egito por Moisés) e a morte de Cristo em troca da nossa Salvação. Novamente a necessidade de se lucrar desde início do capitalismo, a primeira grande loucura que se tem notícia em termo de evolução urbana, fazem de símbolos tão marcantes na história da humanidade, um mercantilismo de ações desastrosas com seu poder transformador na vida de consumo de todos nós.
O bendito “coelhinho da Páscoa” que eu já gostei e a maioria das pessoas (digo todos os pais) faz inflar o desejo de qualquer criança ao ganhar um belíssimo ovo, aumentando os grandes lucros das empresas que nesse período enriquecem vendendo o “ouro marrom” de todos os tamanhos, nos mercados e lojas do gênero.

A verdade é que compramos e ficamos lambuzados sem saber que a Páscoa tem outras origens e nada tem haver com ações comerciais, ao deixar todo mundo hipnotizado em consumir seus sonhos de chocólatras. O marketing se encarrega de seduzir numa publicidade perfeita e o consumidor enche um carrinho de compras sem perceber que de páscoa não tem nada.
Essa situação do coelho sendo garoto propaganda e seu rosto aparecer cada dia mais, como representante fiel de um evento católico, comprova que o povo não tá nem aí para a verdadeira origem, quer mais é comer com ou sem culpa, um delicioso ovo de chocolate, a lamber os dedos, antes de abrir outro e continuar matando seu vício. Chocolate, chocolate, chocolate...

Esta situação é tão forte que já tem igreja incluindo a “páscoa do coelhinho” nas programações religiosas, Cristo com coelho. Ou seja, mistura um ato tão nobre de Cristo – jamais deveria cair no esquecimento – com o representante maior dessa cultura de massa. Esse “Pernalonga de araque” endossa minha opinião em achar um despropósito cultuar um simbolismo momentâneo, que voltará a ser apenas um animalzinho engraçadinho e orelhudo, assim que passar esse movimento todo. Essa Páscoa interesseira não vai mudar você, no mínimo, engordará alguns quilos a cada pedaço de ovo comido. Lembre-se disso!

Não quero ser chato, mas tenho obrigação de falar que a páscoa cristã é viva e jamais deixará saudades porque estará sempre presente diariamente no nosso cotidiano. Isto é, para aqueles que sentem a presença do Cristo em tudo que nos cerca.

Quem estiver lendo essa crônica, certamente nesse momento deverá está pensando que estou sendo um “católico de carteirinha”, mas o que faço é reforçar que devemos está com Cristo no próximo domingo, pois sinto que o sentimento cristão, aquele que nos bota num caminho do bem por inteiro, está cada vez mais distante – há tempos – da nossa convivência, dentro e fora de casa. Quantas pessoas vivem da violência, de possuir coisas alheias, de matar ou morrer, de corromper, de não acreditar e de valorizar coisas inúteis. Um monte!

Não estou sendo do contra, tentando impedir o consumo de ovos de páscoa, mesmo porque não devemos levar tudo a ferro e fogo, de chocolate também se vive e se come.
Quero mostrar somente que precisamos voltar a nos relacionar catolicamente, não necessariamente sermos cristão, mas termos valores religiosos, seja qual for religião – pois sei que Cristo está presente em todas – para tentamos diminuir essa sensação de “terra sem dono” que cada um faz o que quer. Saí do coração o amor incondicional, para entrar sem pedir licença, a cegueira de não vê o amor em nada. O sentimento é seco, é árido, é uma gente de coração de pedra! O amor pedido é santo, pois foi nos dado e ensinado por Ele, a santíssima trindade!

Então amigos, já que estamos entendidos e acredito que entenderam o recado, só me resta agradecer a todos e desejar uma feliz Páscoa.

PS.: Com moderação no chocolate, afinal ninguém quer na manhã seguinte dá de cara no espelho sendo “Senhor espinha” e nem com uns quilinhos a mais.