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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

sábado, 24 de outubro de 2009

MINHAS VÉIAS LITERÁRIAS

ARTIGO QUE SAIU NO JORNAL A TARDE DA CIDADE
DE SALVADOR/BA EM 23/10/2009 (sexta-feira)
SOBRE O ABANDONO DO PODER PÚBLICO
A PRAÇA DE VINÍCIUS DE MORAES NO BAIRRO DE ITAPUÃ









































sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MINHAS VÉIAS LITERÁRIAS


RIO 2016: UMA OLIMPIÁDA E UMA DÍVIDA
Autor: Leon Danon

Realmente é louvável o Rio de Janeiro ser o único representante da América latina, no que diz respeito à olimpíada. Ainda mais, sendo uma cidade bonita por natureza. Temos o Cristo Redentor, o bondinho do Pão de Açúcar, as praias de Copacabana e Ipanema entre outras, além de ter bairros famosos como o da Tijuca e o do Leblon, que volta e meia aparece numa novela de Manoel Carlos – um dos muitos personagens ilustres da cidade. Isso sem contar nas belas mulheres cariocas. Como esquecer nossa garota de Ipanema?
O Rio de Janeiro é rico em pré-quesitos para fazer um evento de grande porte como esse. Somos uma gente bronzeada, cheia de valor e de um grande calor humano, para oferecer aos “gringos” desfazendo a impressão que no Brasil só existe índio, caipirinha, futebol, carnaval e Pelé, no âmbito das coisas boas, é claro.
Em 2016 haverá no Brasil uma hiper, mega valorização em todos os campos: do vendedor ambulante – o menor beneficiado desse efeito em cadeia – até os grandes empresários e suas empresas. É uma oportunidade de ouro para fazer bons negócios sem muito esforço. Seremos uma imensa vitrine com seus produtos e os preços lá em cima. Ou seja, por menos de cinqüenta reais na saí um chaveirinho da famosa olimpíada com jeitinho carioca.
Os investimentos previstos para logo mais, já no inicio do próximo ano, será de R$ 11,39 bilhões fazendo um total de R$ 23,23 bilhões em infra-estrutura até 2016. Desse valor, R$ 11,835 bilhões serão aproveitados além da olimpíada e R$ 2,002 bilhões nos portos e aeroportos fluminense. Esta aplicação de capitais será rateado entre o Estado que será responsável por menos de R$ 1 bilhão, enquanto o restante deverá ser repartido pelos governos federal e municipal e pela iniciativa privada. Por esse montante aplicado poderemos imaginar o tom das negociatas. Haverá muita coisa que vai aparecer dentro do pacote “RIO 2016” que terminará em pizza, como toda CPI. Empresários, empreiteiras e políticos farão lobby para aproveitar da grana investida para tecer a mais bela cortina, a ponto de não deixar transparecer ainda mais, a fama que no país só tem corrupção, insegurança, políticos sujos e artimanhas com o dinheiro público. O Rio de Janeiro será o palco dessa política desqualificada que envergonha tanto lá fora o Brasil.
Enquanto se divulga a beleza que será a olimpíada no Rio de janeiro, em meio à alegria e o reconhecimento merecido de entrar na seleta cúpula do esporte mundial. Nós, os “brazucas camaradas”, arcaremos com todos os ônus para botar a cidade ainda mais bonita, maravilhosa e encantadora. De qualquer maneira vai mexer com o nosso bolso. Pagaremos pela alta de preço no período em que estaremos no monte Olimpo tupiniquim.
Enquanto isso, nossos colegas de mundo em Chicago, não se deixaram iludir e muitos foram contra a realização de uma olimpíada nos Estados Unidos. Já prevendo uma recessão mais intensa no período olímpico, já que os americanos atravessam uma oscilação na economia, em particular na indústria automobilística do país. Onde já houve demissões em massa na General Motors e a Ford por conta da globalização no setor. A instabilidade compromete a vida econômica da sociedade e recaí sobre ela, o ônus de botar nos eixos a forte e estável economia americana.
De certo não faltarão campos de trabalho para deixar tudo conforme a solicitação do comitê olímpico internacional (COI), para a realização da olimpíada. Um evento como esse vai necessitar de uma infra-estrutura de grande porte e o número de emprego crescerá na construção civil, serviços imobiliários, hotelaria, transporte entre outros. Isto é, a frente de trabalho terá um impulso de 120 mil empregos diretos e indiretos e mais 130 mil empregos anuais até 2027, numa previsão de bons momentos na economia brasileira. Teremos a oportunidade de diminuir um pouco o desemprego sempre crescente no país.
Uma pergunta que não quer se calar: Terá o Brasil suporte para enfrentar uma olimpíada? Vejamos:
SEGURANÇA: Em matéria de segurança, o Rio de Janeiro sofre de uma insegurança crônica. O índice da violência urbana assusta e compromete a imagem, a infra-estrutura e o investimento internacional que terá de ser feito na cidade maravilhosa. Como evitar o rótulo pejorativo de cidade violenta, além da desconfiança estrangeira em nossa segurança. O problema maior nessa área é provar que somos competentes de fazer eventos seguros, tão seguros que serão capazes de mudar as notícias negativas que se alastram na imprensa.
PLANEJAMENTO: É importante falar que as dificuldades não serão pequenas, pois passado a olimpíada 2016 voltaremos à mesma situação que aconteceu na época do Pan Americano. Prédios, vilas esportivas e estádios poucos usados ou abandonados (nossa tradição é basicamente o futebol – não praticamos muitas modalidades dos esportes olímpicos) pela questão da falta de planejamento que é fundamental para que haja uma organização na sua infra-estrutura. A falta de um planejamento bem feito implica em termos de referencia do país no mundo esportivo internacional.
POLÍTICA: Sendo o Brasil um país de uma política impar, pois não existe outra senão a nossa. A política da impunidade. Vamos o emplacar novos escândalos com tanto “investimentos olímpicos”. O político brasileiro na sua maioria não pode ver dinheiro fácil, pois procura tirar logo sua parte e encher em seus paraísos fiscais com grandes cifras e a sociedade que espere acontecer à olimpíada “RIO 2016” e torça pelo país anfitrião enchendo de audiência a Rede Globo de televisão (outra empresa privada a ser beneficiada), como se fosse um bom negócio torcer pelo Brasil em ganhar medalhas diante da TV. À boa política é aquela que o dinheiro chega fácil não interessa como.
O grande devedor desse capítulo olímpico é povo brasileiro que vai comprar ingresso “teleguiado” por uma propaganda carregada de eufemismo sobre nossas aventuras e desventuras olímpicas. O Brasil vai ganhar notoriedade internacional, seu presidente vai receber as honras e nos, apenas noticiado como uma torcida maravilhosa!
Por mais medalha que tiver nosso Brasil, ele continuará o mesmo: na miséria, na injustiça e no preconceito de todas as cores e raças. Violência com violência, mortes em série, impunidade, política incrédula... São dividas eternas que não tem evento esportivo que melhore a situação.

domingo, 18 de outubro de 2009

MINHAS VÉIAS LITERÁRIAS

VINICUIS SEM POESIA
Autor: Leon Danon

A Bahia que tem um turismo forte, ao ponto de deixar saudades em turistas, hoje sofre com o abandono e o descaso do poder público na preservação dos nossos monumentos.
Itapuã sempre foi um dos principais redutos turísticos e culturais da cidade. Foi e é decantado e retratado por diversos artistas como Dorival Caymmi, Cariybé, Calazans Neto, Juca Chaves e Vinicius de Moraes. Este o imortalizou na famosa música “Tarde em Itapuã”, em parceria com Toquinho. O poetinha mostrou para nós e para todo o mundo que o bairro tem uma beleza morena e uma praia encantadora, riquíssima em inspiração. Mediante a tal paixão e o seu amor declarado ao local, Salvador retribuiu sua afetividade fazendo uma praça para ele, onde foi erguida uma estátua que retrata fielmente sua imagem, em volta de seus escritos e um de seus grandes legados: o amor e sua maneira de amar plena e apaixonadamente.
A intenção de reverenciar a pessoa de Vinicius é muito louvável, homenagem mais do que justa a quem cantou nossas maravilhas em forma de poesia. Mas infelizmente sua praça sofre também as mazelas provocadas pela incompetência e desprezo de quem administra e gerencia à nossa cidade. Não há cuidado, nem preservação, nem manutenção e nem promoção que mantenha viva e em ordem o bonito espaço que agora se encontra abandonado em todos os sentidos.
A prova disso está nas ações de vandalismo que vem sofrendo a estátua do poeta, como o sumiço dos óculos e do copo de uísque, sua marca registrada. Além das tabuletas de suas músicas e poesias em péssimo estado de conservação (riscadas e sujas) e o jardim da praça com poucas flores, dando lugar ao capim. Triste cenário para uma boa inspiração poética!
O turismo e a cultura se mantêm vivos com praças como essa, pois tem toda uma história cultural naquele espaço para ser vivenciada por quem visita a cidade e por quem mora aqui também.
Às autoridades, sobretudo as que gerenciam a parte cultural devem garantir a condição de despertar o interesse das pessoas em visitar e valorizar espaços como essa praça do poetinha, mas que estejam presentes, a beleza, a conservação e principalmente a promoção de eventos e atividades que tragam alegria, contagiando assim as pessoas, para que se tenha uma – literalmente praça viva e onde se respira ar puro e cultura!
Isso significa uma praça em movimento com inúmeros eventos poéticos, teatrais, musicais: feira de livros de poesias, saraus, serestas, ETC.
A praça transpira Vinicius, e isso pressupõe shows de voz e violão – sinônimo de Bossa Nova, além de uma programação que faça reviver a vida noturna de Itapuã, semelhante ao que ocorre no Rio Vermelho, por exemplo.
Faz-se urgente e necessária uma política cultural forte, constante e competente por parte dos órgãos responsáveis. Um exemplo a ser seguido é o Cine Glauber Rocha que recentemente foi totalmente modernizado e revitalizado por uma iniciativa de uma empresa privada que conservando sua estrutura nos aspectos tradicionais da decoração devolveu ao público um espaço bonito, moderno, a altura do homenageado.
Não podemos esquecer, entretanto de convocar os moradores de Itapuã, aos fãs de Vinicius e aos amantes da arte em geral, para que se mobilizem em prol da revitalização da área, exigindo ações e eventos para que dessa forma o espaço entre definitivamente na agenda cultural e no roteiro turístico da cidade.
Personagens como Glauber Rocha e Vinicius de Moraes, grandes expressões reverenciadas no mundo inteiro, não merecem serem lembrados apenas com “homenagens pela metade”. Pelas obras que deixaram e pelo que representam para a cultura do nosso país, não podem de maneira desrespeitosa serem temas de homenagens superficiais, oportunistas e demagógicas de quem apenas sugeriu a simples criação de uma praça, quando o correto seria preservar, estruturar, modernizar e manter vivo esse espaço.
Segunda-feira, 19 de outubro, nosso poetinha está fazendo aniversário, mas sua felicidade estaria completa, se ele estivesse com seus óculos, o copinho na mão a escrever poesias e músicas. E vendo o povo feliz ao seu lado. Cantando, sentindo emoções e tendo gostosas lembranças suas.
Por enquanto Vinicius está estático, dilapidado, triste, solitário. Sem a poesia na sua praça, que se encontra, sobretudo sem aquilo que ele sempre teve em abundância: alegria e vida...
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CHARADA: Vinicius lança um enigma: (charada para os humildes moradores de Itapuã) – “O que é importante na vida?” Ninguém conseguiu responder. Ele (como era brincalhão e muito popular, conta o Sr. Ricardo Nery dos Santos, o vendedor de limonada), decifra:
- O mais importante da vida é a liberdade! Sem ela ninguém vive.