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Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

domingo, 17 de julho de 2011

A SAÍDA ARGENTINA








A SAÍDA DA ARGENTINA

Nunca fui amante de futebol, mas não posso esquecer-me daquela seleção brasileira de 70, onde tinha quatro grandes craques: Gérson, Pelé, Rivelino e Tostão que simplesmente criava jogadas geniais do meio do campo pra frente. A defesa era uma mera coadjuvante que via a linha de frente fazer história como a melhor seleção de todos os tempos. Em minha opinião ainda continua sendo, por um simples motivo: Pelé e companhia eram perfeitos no fundamento básico do futebol, o chamado passe. Lembro-me de Gérson fazendo um lançamento preciso de 30 a 40 metros de distância, deixando a bola no pé de um Tostão, de um Jairzinho entre outros. Sua fama foi marcada por essa característica: o insuperável meia-lançador.

Não estou querendo dizer que aquela seleção só tinha esses jogadores e que sua marca principal, era a bola de pé-em-pé. Mas acontece que não é toda hora que vemos, na mesma seleção, quatro camisas 10 dos seus referidos times, ou seja, o camisa 10 do Santos (Pelé), o camisa 10 do Botafogo (Gérson), o camisa 10 do Corinthans (Rivelino) e o camisa 10 do Cruzeiro (Tostão) – perdão aos cronistas esportivos, se errei na informação – Então faço referência aos quatro grandes meias que o mundo já viu reunidos. Isso, pelos menos, ninguém vai poder negar.

O mundo sofre transformações e no futebol não diferente. Acompanha essa trajetória de mudanças, e, com ela, surgem novos craques, como Cruijff, Maradona, Zico e outros, e novos esquema de jogo, a exemplo da “laranja mecânica” e seu “carrossel holandês” da copa de 74. Hoje em dia, essa formalidade deu lugar à globalização futebolística e o certo é povoar a área adversária com o maior número de atacantes possíveis e um craque que arme as jogadas que terminem em gol. Na seleção argentina, o craque distribuidor das jogadas geniais é Messi e os atacantes, entre eles, Carlitos Tevez, encarregado de classificar a Argentina na Copa América. Na seleção brasileira temos o “Ganso” e sua obrigação de criar para “Pato”, Neymar e Robinho, situações agudas e precisas de gol. Terá de ser um criador memorável como faz no Santos, - mas na seleção continua discreto, mesmo assim produtivo, apesar da sua atuação ter uma média baixa por jogo, pra deslanchar e tirar o fantasma de vez da possível (isso mesmo) desclassificação desse certame tão importante pra América Latina.

Ontem veio por terra a comprovação que Messi não é um craque excepcional. Pra mim, um jogador que não consegue ter regularidade vestindo a camisa da sua seleção. Não deve ser jamais idolatrado, para inclusive não termos uma grata decepção e gerar crônicas esportivas, procurando entender esse fenômeno do “craque de time”. Vejamos: Vamos esquecer as diferenças de geração e comparar essencialmente o craque de futebol. Pelé por exemplo não exista diferença entre jogar pelo Santos ou pela seleção. Sua atuação era a mesma e os gols (além de algumas jogadas suas) surgiam sem sacrifícios. Era como ele simplesmente só trocasse de camisa.

Uma seleção que depende de um “craque de time” para se transformar em um verdadeiro craque, que jogue bola independente da camisa, fica refém de acontecer desastres como esse, uma seleção forte como a da Argentina, sair prematuramente da Capa América. Muito embora tivesse saído depois dos pênaltis – fora de qualquer previsão do craque fazer milagres – é a popular eterna loteria e por sinal, Messi não fez feio, marcou o meu. O fato é que o grande craque não é nenhum Maradona. Esse sim, um Pelé argentino. Sei que perdemos a beleza de assistir uma partida de suma importância entre Brasil e Argentina, com lances maravilhosos de ambos os lados e a depender do resultado, tirar o maior dos sarros do futebol sul-americano: o de malhar los hermanos argentinos, com mais um título em cima deles.

Restou agora pra gente descontar na seleção uruguaia a Capa de 50 – que já faz aniversário nesse 16 de junho – num formato sem grande visibilidade como uma Copa do Mundo, mas vai servir como vingança, afinal a rivalidade sul-americana independe de uma vitrine mundial. Para isso será necessário jogar nosso futebol que aprendemos nas várzeas desse nosso grande país, sem firulas, marentismo e nem máscaras como fez Neymar nas suas primeiras partidas, desperdiçando passes e situações reais de gol.

Ao contrário do que disse Mano Menezes, que no futebol não existe mais “galinha morta”, outra grande verdade também é que os jogadores deixem de serem estrelas – muitas vezes por “pilha” e pressão dos empresários - e joguem sério, suando a camisa da seleção. Tudo bem, que a evolução no futebol existe, mas no caso do Brasil, os jogadores jogam pensando em ser vitrine e com a caixa registradora na cabeça. Então seleção brasileira tome como exemplo a desclassificação Argentina e procure jogar com simplicidade e objetivo para chegar ao gol e consequentemente às vitórias juntamente com a glória de mais um título. Sejam um time (a dita seleção canarinho) ao invés de um apanhado de constelação. Vamos ter agora de jogar bola!

EM TEMPO: Acabei de assistir o jogo do Brasil com o Paraguai e o comentarista global Casagrande, depois dos 4 penaltis perdidos - primeira vez na história do futebol brasileiro - disse exatamente o que falei nessa crõnica esportiva: O estrelismo que ronda em alguns jogadores e atrapalha e muito nosso bom futebol. Fizemos companhia a Argentina. Hoje o torcedor vai dançar um tango-samba da melhor qualidade.

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